terça-feira, 15 de janeiro de 2013
O Pequeno Príncipe-Cap.1
.em pétalas.....
Transcrito na íntegra a gramática da época da tradução
Traduzido por Dom Marcos Barbosa
4ª edição-1957
Editora AGIR
Rio de Janeiro
Capítulo l
"Certa vez,quando tinha seis anos,vi um livro sobre a Floresta Virgem,"Histórias Vividas",uma imponente gravura.Representava ela uma jibóia que engolia uma fera.Eis a copia di desenho.
*
Dizia o livro:"As jibóias engolem,sem mastigar,a prêsa inteira.Em seguida não podem mover-se e dormem os seis meses da digestão."
Refleti muito então sôbre as aventuras da selva,e fiz ,com lápis de côr,o meu primeiro desenho.Meu desenho número 1 era assim:*
Mostrei minha obra´prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia mêdo.
Responderam-me:"Por que é que um chapéu faria mêdo?"
Meu desenho não representava um chapéu.Representava uma jibóia digerindo um elefante .desenhei enão o interior da jibóia,a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender.Elas têm sempre necessidade de explicações.Meu desenho nùmero 2 era assim.*
As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas,e dedicar-me de preferência à geografia ,´à história,à cálculo ,à granática.Foi assim que abandonei,aos seis anos,uma esplêndida carreira de pintor.Eu fôra desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2.As pessoas grandes não compreedem nada sózinhas,e é cansativo ,para as crianças,estar toda hôra explicando.
Tive pois de escolher uma outra profissão e aprendi a pilotar aviôes.Voei,porassim dizer,por todo o mundo.E a geografi,é claro,me serviu muito.Sabia distinguir,num relance,a China e o arizona.È muito útil,quando se está perdido na noite.
Tive assim ,no correr da vida,muitos contatos com gente séria.Vivi muito no meio das pessoas grandes.Vi-as muito de perto.Isso não melhorou,de modo algum, a minha antiga opinião.
Quando encontrava uma que me parecia um pouco lúcida,fazia com ela a experi~encia do meu desenho número 1,que sempre conservei comigo.Eu queria saber se ela era verdadeiramente compreensiva.Mas respondia sempre:"È um chapéu".Então eu não lhe falava nem de jibóias,nem de florestas virgens,nem de estrêlas.Punha-me ao seu alcance.falava-lhe de bridge,de golfe,de política,de gravatas.E a pessoa grande ficava encantada de conhecer um homem tão razoável.
Namastê!
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